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Réveillon no Rio de Janeiro é cancelado, anuncia Paes

 

O anúncio ocorre em meio a divergências entre o governo do estado e a prefeitura. Enquanto a gestão Paes defendia a existência de condições sanitárias para realizar a festa com segurança, o governo Cláudio Castro (PL) já cogitava o cancelamento.

Na justificativa, Paes disse que não teria como organizar a festividade sem receber garantias do estado e que respeita a ciência.

"Tomo a decisão com tristeza mas não temos como organizar a celebração sem a garantia de todas as autoridades sanitárias. Infelizmente não temos como organizar uma festa dessa dimensão, em que temos muitos gastos e logística envolvidos, sem o mínimo de tempo para preparação", disse.

"Se é esse o comando do Estado (não era isso o que vinha me dizendo o governador), vamos acatar. Espero poder estar em Copacabana abraçando a todos na passagem de 22 para 23. Vai fazer falta mas o importante é que sigamos vacinando e salvando vidas", completou.

Se é esse o comando do Estado(não era isso o que vinha me dizendo o governador), vamos acatar. Espero poder estar em Copacabana abraçando a todos na passagem de 22 para 23. Vai fazer falta mas o importante é que sigamos vacinando e salvando vidas. 3/3

-- Eduardo Paes (@eduardopaes) December 4, 2021

A prefeitura do Rio planejava realizar celebrações de ano novo em dez palcos em diferentes bairros da cidade, incluindo três em Copacabana.

Paes se diz surpreendido

Visivelmente contrariado, Paes repetiu, em entrevista concedida após reunião com secretários, que tomou a decisão por causa da recomendação do estado. Ele poupou Cláudio Castro de críticas, dizendo que ainda não tinha conversado com o governador depois da manifestação do comitê científico estadual.

"Castro e eu iríamos ver a evolução do quadro nos próximos dias, mas fui surpreendido pela decisão do comitê científico do estado dizendo que representava risco. Se eu tenho um comitê cientifico me dando embasamento, não tenho problema nenhum [em fazer a festa]. Mas se esse comitê entende como risco, vou ficar com a opinião técnica que gere mais restrições", disse.

Paes ainda afirmou que o cancelamento, até o momento, se restringe às festas oficiais que seriam promovidas pela prefeitura. Questionado se seriam permitidas outras festas particulares, como em grandes hotéis do Rio de Janeiro, ele repetiu por diversas vezes que era preciso perguntar para o comitê do estado.

Por fim, ele lamentou o cancelamento e disse que a cidade continua preparada para receber turistas, independente da realização do Réveillon.

"O Réveillon de Copacabana é importante para a simbologia, para a marca Rio de Janeiro", disse. "Com a taxa de transmissão baixa, acho difícil que tenhamos outras medidas restritivas. Os turistas vacinados serão muito bem-vindos ao Rio de Janeiro".

Outras capitais já anunciaram o cancelamento

O anúncio ocorre enquanto a cidade do Rio de Janeiro vive seu melhor momento epidemiológico desde o início da pandemia: há três dias não registra mortes por covid-19, tem seu menor índice de transmissão do vírus e menos de 1% dos testes realizados têm resultado positivo.

Por outro lado, a preocupação com a variante ômicron e a posição de especialistas recomendando cautela têm feito cidades e estados cancelarem festividades para a virada do Ano.

Além do Rio de Janeiro, já cancelaram as comemorações o Distrito Federal e as seguintes capitais: São Paulo, Natal, Recife, Fortaleza, Salvador, São Luís, Teresina, Aracaju, João Pessoa, Cuiabá, Campo Grande, Belém, Palmas, Vitória, Porto Alegre, Macapá, Maceió e Florianópolis.

Curitiba, Belo Horizonte e Goiânia informaram que já não havia previsão de comemorações no Réveillon.

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