Depois de passar seis anos e meio defendendo o governo municipal, mantendo cargos e benefícios, o vereador ilheense Jerbson Moraes resolveu ser candidato a prefeito e escolheu como estratégia virar oposição. Nesta semana ele criticou a demissão de servidores, mas na época não reclamou.
A Prefeitura demitiu os indicados por Jerbson e ele deu o troco em entrevista numa rádio local, acusando o secretário de Gestão, Bento Neto, de receber dinheiro desviado das verbas enviadas pelo presidente Bolsonaro para combater a Covid no município.
"Ele ia pra Salvador, recebeu parcela de R$ 100 mil, dinheiro vindo da Covid". Ele não apresentou nenhuma prova, mas desafiou o secretário a processá-lo. Jerbson, que é do mesmo partido doprefeito Mário Alexandre, diz que vai ser candidato de qualquer jeito, "no PSD ou fora dele".
A acusação feita pelo vereador remete a um possível desvio de R$ 110 mil investigado pela Controladoria-Geral da União em 2020. A verba foi enviada para ações de combate à pandemia, mas foi usada de forma irregular, sem comprovação do serviço prestado. A Polícia Federal chegou a fazer buscas na casa do secretário de Saúde.
Os policiais investigaram a contratação de mão de obra para unidades de saúde, com dispensa de licitação. A PF apurou que a Prefeitura de Ilhéus pediu cotação de preços a empresas que não atuavam na área e que tinham como atividade econômica principal o transporte escolar e a construção de edifícios.
O contrato previa que os serviços seriam prestados no Centro de Triagem Covid-19 e no PA Zona Sul, cabendo à empresa contratada fornecer os profissionais. Segundo a CGU, o município pagava a fatura integral, sem fiscalizar nem comprovar a prestação do serviço. Para a PF, houve superfaturamento em R$ 110.661.
FONTE: https://www.aregiao.com.br/
